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Meta abusiva é assédio moral: saiba como reconhecer e se proteger

Assédio por Meta ou Pressão Excessiva

Cobranças por metas fazem parte do cotidiano de muitas empresas, mas quando ultrapassam os limites do razoável, se tornam uma grave violação aos direitos do trabalhador. Estamos falando do assédio moral por metas abusivas — uma prática infelizmente comum e que precisa ser combatida.

O que caracteriza assédio moral por metas?

Assédio moral ocorre quando o trabalhador é exposto de forma repetitiva e prolongada a situações humilhantes, constrangedoras ou intimidatórias no ambiente de trabalho. Quando isso acontece como forma de pressionar o cumprimento de metas, temos um tipo específico e perigoso de abuso.

Essas são algumas práticas abusivas relacionadas a metas:

  • Metas inalcançáveis, definidas sem considerar a realidade da função.
  • Ameaças constantes de demissão por não atingir resultados.
  • Humilhações públicas, como exposições em reuniões ou quadros de “pior funcionário”.
  • Vigilância excessiva, como monitoramento contínuo de desempenho.
  • Competição forçada, criando clima hostil entre colegas.

Essas atitudes geram medo, ansiedade e adoecimento psicológico, comprometendo não só o rendimento, mas principalmente a saúde dos trabalhadores.

O que diz a lei?

O assédio moral não está previsto de forma direta na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas é amplamente reconhecido pela Justiça do Trabalho como prática ilícita. Além disso, o artigo 7º da Constituição Federal assegura aos trabalhadores um ambiente de trabalho digno, seguro e saudável.

Empresas que impõem metas abusivas com condutas opressoras podem ser condenadas a pagar indenização por danos morais, além de serem obrigadas a modificar seus métodos de gestão.

O que fazer se estiver sofrendo esse tipo de pressão?

  1. Documente tudo: guarde e-mails, prints de conversas, gravações (se possível legalmente), relatórios de desempenho e testemunhos.
  2. Procure o sindicato: ele pode intermediar a situação ou ajudar na denúncia.
  3. Busque apoio jurídico: um advogado trabalhista pode avaliar o caso e mover uma ação, se necessário.
  4. Cuide da sua saúde: se estiver com sintomas de ansiedade, depressão ou esgotamento, procure ajuda médica ou psicológica.

A saúde do trabalhador deve vir antes do lucro

Trabalhar sob pressão constante e metas inalcançáveis não é “alta performance” — é abuso. E você não precisa aceitar isso. Informar-se e denunciar são formas de proteger a si mesmo e transformar o ambiente de trabalho em um espaço mais justo para todos.

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